domingo, 10 de março de 2013

Renault 5 GT Turbo (2ª geração) 1985 - 1991



Apresentado no salão de Paris em 1984 para substituição da anterior geração, incluindo a versão GT  Turbo. Em janeiro foi anunciada a versão de série, nos stands da Régie em Março. O seu aspeto era curioso, com alargamentos e para-choques em plástico cinzento claro, tendo design simples e banal. As suas performances era  muito boas graças à motorização de 1397cc, com árvore de cames lateral, e do carburador simples “soprado” por um turbocompressor Garrett T2. O GT Turbo oferecia uma relação custo/performance exemplar no seu tempo. A concessão à modernidade era feita na ignição eletrónica, porque um sistema de injeção eletrónica nunca fez parte dos planos. Os consumos eram mais elevados do que os seus concorrentes, mas para a utilização especifica pretendida, não eram defeito maior. Em 1986 o turbo passou a ser refrigerado a água, o que veio prolongar um pouco a vida deste elemento pois em termos de fiabilidade era um ponto fraco.

O eixo dianteiro derivado do R11 Turbo, com McPherson e triângulos inferiores, além da barra estabilizadora, e o traseiro, com duas barras de torção e duas “anti-mergulho”, asseguravam um bom comportamento em todas ocasiões, sendo mesmo progressivo nos limites, exceto quando a potência chega de forma violenta com as rodas de frente viradas provocando subviragem, fenómeno ajudado pelas limitações naturais dos pneus 175/60 R13 originais. Os 195/55 R13 opcionais minoram um pouco este problema. A direção é precisa, embora demasiado ligeira a velocidades elevadas e os travões de quatro discos são excelentes.

Em Julho de 1987, acompanhando a atualização da gama Supercinco, o GT Turbo entra na Fase 2, com grandes alterações visuais, como a grelha, retrovisores e kit estático de carroçaria (para-choques, longarinas e alargamentos) pintados da cor da carroçaria. No interior também melhorou a qualidade da montagem e dos materiais e as cores dominantes passaram a ser o negro, cinzento e vermelho. O equipamento também foi melhorado. No motor, uma nova ignição eletrónica e novo carburador, permitiram ganhar mais cinco cavalos que compensavam os 25 quilos a mais desta evolução. O Fase 2 foi produzido até 1991, em quatro vezes maior número do que o Fase 1.


Desde do inicio, com a Coupe Renault Elf Get Turbo – e trofeus noutros países, como Portugal – que o GT Turbo estava destinado à competição. Mas foi nos ralis que alcançou os resultados mais importantes, como o Campeonato do Mundo de grupo N, em 1989 e a vitoria absoluta no Rali da Costa do Marfim à frente dos grupo A.

Para celebrar o titulo surgiu uma edição limitada “Allain Oreille” / Raider de 2000 exemplares com azul especifico que estendia também às jantes. Não foi comercializado em Portugal e vale mais 15 a 20 %.



Características técnicas

Versão
Fase 1
Fase 2
Motor
4 cilindros em linha, longitudinal
Distribuição
Válvulas à cabeça. Com arvores de cames lateral
Cilindrada (cm³)
1397
Alimentação
Carburador Solex 32 DIS + turbocompressor Garret T2
Potência máxima DIN (cv/rpm)
115/5750
120/5750
Binário máximo (Nm/rpm)
165/3000
Suspensão
à frente, independente, com McPherson com triângulos inferiores de deport negatif, molas helicoidais; amortecedores telescópicos hidráulicos e barras estabilizadoras; atrás, braços de tirante, eixo semi-rigido, com quatro barras de torsão amortecedores telescópicos hidráulicos
Transmissão
Dianteira; caixa manual de 5 velocidades; embraiagem monodisco
Direção
De cremalheira; sem assistência
Travões
De discos ventilados à frente e discos atrás; com comando hidráulico
Capacidade do deposito (l)
40
Jantes/Pneus
5,5x13/175/60 R 13H (195/55R 13H opcionais)
Peso (kg)
845
870
Aceleração 0-100 km/h (s)
8
7,5
Velocidade máxima
200
204
 


 Fotos:

















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